Na etapa final da campanha eleitoral francesa, o atual presidente da França, Emmanuel Macron, ampliou a vantagem nas pesquisas de intenção de voto e caminha para ser reeleito no domingo (24). A candidata da extrema-direita Marine Le Pen parece perder força na etapa final da campanha, que reedita a disputa de 2017.
Nesta quinta-feira (21), a mais recente pesquisa Ipsos-Sopra aponta Macron com 57,5% das intenções de votos, Le Pen tem 42,5%. A margem de erro é de 3,3 pontos percentuais. O levamento aponta um crescimento do atual presidente após o debate entre candidatos na noite de quarta-feira (20).
Desde a realização do primeiro turno, no dia 10 de abril, Macron tem intensificado a agenda no interior do país e feito campanha de fato. Até então, o atual presidente francês estava envolvido nas negociações de paz na guerra entre Rússia e Ucrânia.
Enquanto isso, Le Pen fez uma campanha focada na perda do poder de compra dos franceses e na crítica ao aumento da inflação. A candidata da extrema-direita conseguiu suavizar a imagem de extremista com discurso anti-islã e anti-imigração.
Enquanto isso, o terceiro colocado no primeiro turno, o candidato da extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon (que obteve 20% dos votos) tem incentivado os eleitores a comparecem às urnas daqui dois meses, nas eleições parlamentares. Ele busca a indicação como primeiro-ministro para contrabalancear o poder do novo presidente francês.
O partido de Mélenchon, o França Insubmissa, pede que os eleitores não votem em Le Pen, mas também não indica voto em Macron. Segundo as pesquisas, cerca de 60% do eleitorado da extrema-esquerda deve anular o voto.
No último dia de campanha, já que existe um período de silêncio antes da abertura das urna, o desafio de ambos os candidatos do pleito parece ser convencer os eleitores a votar. Cerca de 48 milhões de franceses estão inscritos no pleito, má a abstenção deve ser de 30%. O índice é considerado elevado para padrões franceses.