O ditador Nicolás Maduro propõe uma lei para criar uma província venezuelana na região de Essequibo, controlada pela Guiana.
A proposta enviada à Assembleia Nacional prevê o estabelecimento da "Guiana Essequiba", além da entrega de carteira de cidadania aos habitantes.
No despacho, o líder latino-americano também ordenou que a petroleira estatal conceda licenças para a exploração de petróleo e gás no território.
As ordens são consideradas por Caracas como um primeiro passo para a anexação da região, após o referendo popular que aprovou a incorporação de 70% da Guiana.
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirma que o país vai acionar o Conselho de Segurança da ONU após a Venezuela divulgar o novo mapa do país.
Em meio ao acirramento das tensões, o Exército brasileiro vai reforçar a segurança nas regiões de fronteira com os dois países vizinhos.
Cerca de 16 blindados multitarefa estão sendo preparados e devem chegar a Pacaraima, na divisa com a Venezuela em Roraima, ainda este ano.
Apesar das boas relações de Lula com Maduro, o governo brasileiro já demonstrou insatisfação com a intenção venezuelana de anexar Essequibo.
Na transmissão ao vivo semanal na internet, o chefe do Executivo brasileiro afirmou que vai fazer apenas duas viagens internacionais no ano que vem.
Uma delas justamente para a Guiana, onde deve ocorrer uma reunião de países do Caribe, na capital Georgetown.
A outra viagem no radar do presidente em 2024 é para uma reunião da União Africana em Adis Abeba, capital da Etiópia.