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Maioria é contra prescrição médica para vacinar crianças; Anvisa não participou

Agência já autorizou o uso do imunizante da Pfizer contra Covid em crianças de 5 a 11 anos, mas governo federal optou por audiência pública antes do início da vacinação

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A maioria dos cerca de 100 mil consultados sobre a vacinação de crianças com idades entre 5 e 11 anos foi contra a necessidade de receita médica para imunização dessa faixa etária. O levantamento apresentado em audiência pública com técnicos do Ministério da Saúde e também da Pfizer, único imunizante aprovado pela Anvisa, também apontou maioria contrária a obrigatoriedade da vacinação para crianças.

O documento, no entanto, não permitia que as pessoas se manifestassem a favor dessa obrigatoriedade, ou seja: não havia uma pergunta que questionasse se as pessoas eram a favor da vacinação obrigatória. O presidente Jair Bolsonaro tem defendido a autorização de prescrições médicas, o que cria burocracias para a imunização.

A reunião pública começou às 10h. Logo no início das falas, foram apresentados os dados da consulta pública sobre o tema aberta no site do ministério.

Além de representantes de comunidades médicas, profissionais contrários a vacinação dos menores foram chamados. 

Sobre as definições, crianças com deficiência permanente serão priorizadas, segundo a secretária. Pelo menos 20 estados já se posicionaram a favor da vacinação infantil, sem necessidade de receita ou autorização.

Na última segunda-feira (03), a pasta voltou a afirmar que as vacinas contra o coronavírus para crianças entre 5 e 11 anos chegarão ao Brasil na segunda quinzena de janeiro.

A Anvisa, apesar de convocada, optou por não comparecer afirmando que já tinha dado seu parecer favorável à vacinação da faixa etária. 

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