Um milhão e oitocentas mil pessoas aguardam a análise do INSS para pedidos de aposentadoria, pensão e auxílios em todo o Brasil.
A dona de casa Judite Ferreira faz parte desse grupo. Ela teve que parar de trabalhar para cuidar do marido, que está com um problema de saúde.
Desde 2020, eles tentam receber aposentadoria por invalidez, mas a perícia do INSS só foi agendada para segunda-feira (22), mais de um ano depois.
No grupo "Mães PCD", formado por pais de crianças autistas, tem quem espera há mais de seis meses para conseguir o benefício do INSS.
Dentre as mil e oitocentas mães que fazem parte, 85% ainda não tiveram retorno do órgão, como explica a organizadora do grupo, Cleide Ferreira.
A dona de casa Rebeca Santos, que também faz parte desse grupo, teve que deixar o trabalho para cuidar do filho, Enzo, de 11 anos, e sente falta do benefício na hora de pagar as contas. Ela aguarda um retorno do INSS desde julho.
A dona de casa Angela Batista vive a mesma situação e precisa do benefício para cuidar da filha, a pequena Yasmim de quatro anos.
Em nota, o INSS respondeu que cerca de 25% das pessoas que aguardam na fila ainda não entregaram documentos necessários para análise e que vem implantando medidas para acelerar o processo, como o atendimento em cartórios.
Ainda segundo o órgão, a expectativa é de que a espera comece a diminuir em janeiro.
Há um acordo entre o INSS e o Ministério Público Federal para zerar a fila de recebimento de benefícios durante a pandemia.
O limite estabelecido para análise é de 30 a 90 dias.