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Marcelo Crivella reconquista passaporte e pode virar embaixador na África do Sul

Ex-prefeito do Rio foi beneficiado por decisão do ministro Gilmar Mendes para reconquistar passaporte que estava apreendido

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Crivella estava com o passaporte apreendido desde dezembro, quando foi preso.
Crivella estava com o passaporte apreendido desde dezembro, quando foi preso.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Governo Federal enviou um documento às autoridades da África do Sul indicando o ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella para o cargo de embaixador do Brasil no país africano. As informações são do Correio Braziliense.  

Segundo a reportagem, a indicação é mantida em sigilo total para evitar um possível constrangimento entre as partes caso a indicação seja recusada. Antes de ser aceita pela África do Sul, a indicação precisa ser formalizada junto ao Senado, que tem competência para aprová-la. O político fez mestrado no país na década de 1990.

Crivella foi preso em dezembro do ano passado acusado pelo Ministério Público de participar de um esquema criminoso que cobrava propina para direcionar licitações e liberar pagamentos a credores da Prefeitura. Em fevereiro deste ano, o STF revogou a prisão domiciliar do político.

PASSAPORTE  

A defesa de Marcelo Crivella conseguiu na Justiça Eleitoral que o passaporte do ex-prefeito do Rio seja devolvido. Os advogados entraram com um pedido de Habeas Corpus após o juiz que julgava o caso ser considerado incompetente.  

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, deve oficiar a Justiça Eleitoral para que entregue o documento.  

Marcelo Crivella foi preso no dia 22 de dezembro de 2020, faltando nove dias para deixar o cargo de prefeito. A Justiça do Rio também determinou o afastamento dele do cargo.  

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Crivella participava de um esquema criminoso que cobrava propina para direcionar licitações e liberar pagamentos a credores da Prefeitura.  

O caso ficou conhecido como "QG da Propina”. Na decisão, o ministro Gilmar Mendes afirmou que a 1ª Vara Criminal Especializada da Capital, onde o processo tramita atualmente, não teria competência para julgar o caso.  

O ex-prefeito e outras 25 pessoas são réus no processo e respondem pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As denúncias relacionadas a este caso continuam com o Ministério Público Eleitoral.