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Marina Helena defende atuação do setor privado nas escolas públicas em São Paulo

Pré-candidata a prefeitura paulistana admite que sua proposta pode ser classificada como "terceirização a educação", mas explica que modelo é utilizado internacionalmente

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A pré-candidata a prefeitura de São Paulo, Marina Helena (NOVO) concedeu uma entrevista exclusiva à BandNews FM nesta quarta-feira (15) e, entre as propostas apresentadas para a cidade, estão parcerias com a iniciativa privada no setor da educação e maiores investimentos na segurança pública.

De acordo com a candidata, não é aceitável que os alunos paulistanos sejam aprovados e se formem "sem saber ler dois parágrafos, com duas opiniões divergentes e não conseguir interpretar". Marina pontua que, de todos os problemas que a cidade enfrenta na educação, a falta de investimento não é uma delas, já que cada aluno tem um custo de R$ 30 mil anuais para os cofres da prefeitura. "Definitivamente, não é falta de recursos. O que a gente quer de novidade é trazer a administração privada, as melhores escolas privadas, para gerir o ensino público. Continua sendo gratuito, mas ela terá acesso a uma gestão e professores contratados pela rede privada", considerou.

A pré-candidata explicou que sua proposta já funciona em metrópoles como Nova York. "De certa forma, é [uma terceirização da educação]. Uma parceria público-privada. Em Nova York, das 30 melhores escolas, 23 adotam esse modelo. Uma escola pública que é administrada pelo setor privado", explicou.

Investimentos na segurança pública

Tema considerado vital em sua campanha, Marina explicou que muitos dos problemas diagnosticados pela sua equipe técnica passam pela segurança na cidade e pediu protagonismo para a prefeitura no setor. "Hoje, nosso município gasta R$ 1 de cada R$ 100, que vão para a segurança. É muito pouco, temos que aumentar o gasto para segurança. De 1% para 3%. Pode-se triplicar. Olhando para o Estado de São Paulo e outros municípios, gastam-se em torno de 3%. Isso vai permitir investimentos, como dobrar a Guarda Civil Metropolitana. É preciso armar, colocar viaturas para fazer rondas. Em segundo lugar, é preciso gastar melhor. Hoje, um em cada três guardas estão em áreas administrativas. Não quero guarda municipal em escritório, quero na ronda em frente a creche ou escola", disse.

Propostas para a saúde

Questionada sobre como poderia melhorar a saúde de São Paulo, já que o tema é um dos mais sensíveis aos munícipes - e a capital paulista tem um dos piores índices no tema -, Marina ressaltou que pretende instaurar um "corujão permanente". "É inaceitável que uma pessoa com câncer, as vezes demore um ano para ter atendimento. Isso determina a vida ou a morte do paciente. Caso não seja possível atender na rede pública, vamos trazer parceria com o sistema privado", afirmou.

Chapa "puro-sangue"?

Sobre seu possível candidato a vice, a pré-candidata desconversou, mas assumiu que as chances de seguir numa chapa somente com candidatos já filiados ao Novo são altas pela falta de "adesão" de outras legendas às propostas do seu partido.

"Hoje, ainda não vimos em nenhum outro partido uma aderência aquilo que defendemos. Uma coligação só seria possível se tivéssemos um outro partido que pensasse da mesma maneira e aceitasse as nossas propostas para a cidade. Estamos abertos, ainda há tempo. Já estamos com nomes em mente dentro do próprio partido. Essa semana farei um convite formal, em breve teremos novidades", finalizou.

Assista à entrevista com Marina Helena, do Novo, na íntegra

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