As operações na terra indígena Yanomami, em Roraima, serão reforçadas e vão continuar até que todos os garimpeiros ilegais sejam retirados. Essa é mensagem da ministra do meio ambiente, Marina Silva, que fez parte da comitiva do Governo Federal que visitou o estado nesta segunda-feira (1).
É uma resposta ao ataque que matou um agente de saúde indígena e deixou outros dois yanomami feridos no último sábado (29), na comunidade Uxiu.
Marina Silva destacou que o trabalho de inteligência da Polícia Federal é fundamental para descobrir o que chamou de “forças poderosas” que financiam o garimpo em Roraima.
A ligação do garimpo com organizações criminosas é investigada. Segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, há indícios de que pontos de garimpo ainda ativos são mantidos com apoio dessas organizações.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, afirma que pelo menos 75% dos garimpeiros que atuavam na terra indígena já saíram e que os criminosos que insistem em permanecer não terão a conivência do poder público. Ela destaca que o governo de Roraima também precisa reforçar esse posicionamento.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, pediu suporte dos ministérios da segurança pública e defesa para garantir a atuação de agentes de saúde na terra Yanomami.