A Justiça prorrogou a prisão temporária do cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva por mais 25 dias, atendendo um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (27).
O médico está detido desde 18 de julho acusado de manter uma paciente presa dentro do centro cirúrgico do Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo familiares de Daiana Cavalcanti, de 36 anos, o profissional dificultou a transferência da mulher depois de um procedimento mal sucedido.
Na avaliação da promotora Claudia Portocarrero, o equatoriano assumiu o risco de matar a vítima e, por isso, foi solicitado o encaminhamento do caso ao Tribunal do Júri.
A Polícia Civil indiciou Bolívar por lesão corporal grave, cárcere privado e associação criminosa. O MP ainda não ofereceu denúncia contra o médico, mas já solicitou à Justiça diversas diligências para dar seguimento às investigações.
O médico responde a pelo menos outros 19 processos por erros médicos. Além das ações judiciais, Bolívar já foi preso em 2010, quando a Polícia Civil deflagrou a Operação "Beleza Pura". Na ocasião, oito médicos foram detidos por crimes contra a saúde, incluindo o uso de medicamentos vencidos.