Megale: Tarcísio e Derrite deixam "janela aberta" para truculência policial

Âncora da BandNews FM analisa a decisão do governo de São Paulo sobre o uso de câmeras corporais por PMs

DA REDAÇÃO

O âncora da BandNews FM Luiz Megale comentou nesta sexta-feira (24) as ações do governo de São Paulo sobre o uso de câmeras corporais por polícias militares. Um novo edital prevê a compra de 12 mil novas câmeras que os policiais militares possam ligar e desligar durante os patrulhamentos.

Para Megale, as falas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e ações do governo se contradizem e deixam a "janela aberta" para a truculência policial.  

"Derrite e Tarcísio sabem que sua base eleitoral é 'quanto mais sangue, melhor', que a polícia tem que ser truculenta mesmo, tem que matar e cancelar CPFs. As palavras dos dois vão na direção de 'queremos uma polícia eficiente', mas as ações e escolhas dizem o contrário e deixam a janela aberta para que a truculência policial continue acontecendo", disse Megale.  

Atualmente, as câmeras são ligadas quando o PM inicia o patrulhamento e só para de gravar no fim do expediente. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) diz que este formato sobrecarrega o servidores, tem custo e acabam ficando sem bateria. 

O novo edital prevê que as 12 mil novas câmeras poderão ser acionadas pelo próprio policial ou pelo centro de controle da PM. O governo do estado diz que os novos equipamentos poderão controlar melhor as operações e que policiais que não acionarem a câmera poderão ser punidos.

"Uma boa maneira de não entrar em contradição é não mentir. Se você não mente, você não entra em contradição jamais. Tarcísio e Derrite dizem querer uma polícia mais eficiente e menos letal, afinal polícia que mata muito não é sinal de segurança pública. Isso é o que eles querem? Isso é o que eles tem de dizer no microfone, mas não é o que as ações dos dois sugerem", completou Megale.  

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