Merendeiras fazem greve e alunos ficam sem aula em São Paulo

De acordo com relatos levantados pela "Central de Ouvintes Ricardo Boechat", as funcionárias estão com salários e benefícios atrasados.

Central de Ouvintes Ricardo Boechat

Os estudantes mais prejudicados estão na zona leste, entre eles: CEU Curuçá e Três Ponte e ainda no Centro de Educação Infantil Texima. Foto: SEDUC/AM
Os estudantes mais prejudicados estão na zona leste, entre eles: CEU Curuçá e Três Ponte e ainda no Centro de Educação Infantil Texima.
Foto: SEDUC/AM

Alunos foram dispensados da rede municipal de ensino nesta quarta-feira, por causa de paralisação de funcionários.

De acordo com relatos levantados pela "Central de Ouvintes Ricardo Boechat", as funcionárias estão com salários e benefícios atrasados.

A esposa do ouvinte Fábio dos Santos é professora da rede municipal e não deu aula presencial por conta do protesto dos trabalhadores.

“As merendeiras estão há dois meses sem receber. Hoje elas não vão trabalhar e os alunos não poderão ter aula. Só os professores vão trabalhar. Já faz um tempo que a merenda está sendo racionada porque estão vindo em menor quantidade”, diz ele.  

Os estudantes mais prejudicados estão na zona leste, entre eles: CEU Curuçá e Três Ponte e ainda no Centro de Educação Infantil Texima.

Mas, também há registros de problemas no CEI Içami Tiba, no bairro da Aclimação, no centro.

Na zona sul, familiares também reclamam da paralisação na escola Otavio Jose da Silva, em Heliópolis.

Mércia Terra é professora de uma escola na capital paulista e ficou indignada com a situação.  

“Como pode, no dia de hoje, ficar sem o salário? Elas estão trabalhando todos os dias fazendo a merenda para nossas crianças e há dois meses não recebem o salário”, desabafa a professora.  

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informa que notificou a empresa Singular por descumprimento de contrato.  

Ela será multada por não cumprir as cláusulas contratuais e, caso a situação continue, haverá rescisão do acordo e a convocação da segunda colocada no processo de licitação.

Sobre a empresa Milano, a Secretaria Municipal de Educação afirma que os pagamentos estão em dia e a pasta já cobrou que a situação seja resolvida o mais breve possível.