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Mesmo sem Raisi, Irã deve seguir ligado a grupos terroristas, diz especialista

Doutor em Ciência Política e gerente de conteúdo da StandWithUs Brasil, Igor Sabino explicou como deverá seguir a situação política do Irã após a morte do presidente Ebrahim Raisi

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O doutor em em Ciência Política, especialista em Oriente Médio e gerente de conteúdo da StandWithUs Brasil, Igor Sabino, conversou com a equipe da BandNews FM nesta segunda-feira (20) e explicou como deverá ser a política externa e interna do Irã após a morte do presidente Ebrahim Raisi.

De acordo com o especialista, há uma disputa entre as elites iranianas para definir quem irá assumir o comando nacional. No entanto, o grupo deverá encontrar dificuldades para lançar um nome viável, já que Raisi era um líder conservador, religioso e que contrastava com seus oponentes. Hoje, não há nome que tenha estes requisitos. "Com isso, quem contrastavavai querer voltar a presidência, como Mahmoud Ahmadinejad, a gente não tem nenhum candidato com as características de Raisi", explicou.

Igor também informou que, embora o presidente morto era conhecido como "carniceiro de Teerã", a política interna e externa deverá continuar no mesmo ritmo: com repressão de direitos humanos e ligado a grupos terroristas como Hamas e Hezbollah.

"O Irã é um país importante no mercado na questão do petróleo e questões geopolíticas tem impacto nisso, mas acredito que, hoje, é esperado que tenhamos essa especulação e tensão já que não sabemos quem vai substituir o Raisi, mas como não vamos ter grandes mudanças na política externa e doméstica, não haverá mudança estrutura no governo, não há movimentação em massa para mudança, acredito que não haverá mudança de impacto no petróleo", explicou.