Metalúrgicos da Renault mantém greve em Curitiba

Paralisação teve início no dia 6 de maio; trabalhadores exigem pagamento integral da Participação nos Lucros

Rádio BandNews FM

Funcionários concluíram que os ajustes apresentados pela empresa não atendem à demanda.  Foto: Divulgação/SMC
Funcionários concluíram que os ajustes apresentados pela empresa não atendem à demanda.
Foto: Divulgação/SMC

Os trabalhadores da Renault de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, recusaram a proposta da montadora e decidiram manter greve por tempo indeterminado. A paralisação foi iniciada no dia 6 de maio e chega ao sétimo dia útil nesta segunda-feira (16).

Na assembleia realizada nesta segunda, os funcionários concluíram que os ajustes apresentados pela empresa não atendem à demanda da categoria, que reclama, entre outros pontos, das alterações que reduziram a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Sérgio Butka, o principal entrave da negociação é a falta de uma proposta da montadora para recontratar os trabalhadores demitidos. A entidade alega que cerca de dois mil postos de trabalho foram fechados durante a pandemia, e que os funcionários que mantiveram os empregos acumulam perdas salariais.

Em nota, a Renault afirmou que a proposta atendia praticamente todas as demandas apresentadas pelo Sindicato e só não houve concordância em garantir o pagamento de pouco mais de 22 mil reais referente ao Programa de Participação de Resultados (PPR) para o ano de 2022.

Segundo a montadora, desvincular o prêmio às metas de produtividade viola a legislação federal. A proposta da Renault recusada pelos metalúrgicos incluía a reposição integral da inflação calculada pelo INPC para a data-base de 2022 e 2023.

A empresa também havia concordado em antecipar o reajuste do vale-mercado, que passaria para R$ 850,00 a partir de junho, com um aumento de 29%. A montadora também faria ajustes e adequações nas tabelas salariais, incluindo novas categorias e aumentando o teto em 10%.