O Estado de Minas Gerais ocupa o primeiro lugar no ranking nacional de pessoas resgatadas em situação de trabalho análogo à escravidão. Os dados foram divulgados pela agência Fiquem Sabendo, especializada na Lei de Acesso à Informação.
Em todo o País, 19.064 trabalhadores foram resgatados entre 2010 e 2020. Dentre esse grupo, 28,9% das pessoas foram encontradas em Minas. O número para o Estado é de 5.505 pessoas.
Ainda na última semana, operações do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) liberaram um grupo de 63 trabalhadores de lavouras de café no Sul de Minas Gerais.
Nos municípios de Boa Esperança e de Ilicínea, os lavradores se encontravam sem proteção, sem acesso a banheiros, sem pagamentos mensais e sem refeitórios adequados para a alimentação.
A operação teve origem em denúncias anônimas e, agora, os patrões podem ser responsabilizados judicialmente.
No Brasil, o Código Penal impõe que empregadores podem sofrer reclusão de até oito anos e multa, além de pena correspondente à violência, caso submetam trabalhadores a condições análogas de escravo.