Para tentar evitar o avanço do coronavírus em Minas Gerais, o governador Romeu Zema confirma que todas as regiões do Estado vão entrar a partir desta quarta-feira (17) na Onda Roxa do programa Minas Consciente, a mais restritiva de todas.
A adesão é obrigatória para todos os municípios. Porém, até aqui, Belo Horizonte tem adotado protocolos próprios e não tem seguido as determinações estaduais.
Na Onda Roxa, apenas atividades essenciais poderão funcionar e um toque de recolher entrará em vigor entre 8 da noite e 5 da manhã. A princípio, a medida terá validade por 15 dias.
A decisão foi anunciada na noite dessa segunda-feira (15) por Romeu Zema após uma reunião com prefeitos e autoridades municipais. O governador afirmou que a situação atual é a mais grave desde o início da pandemia no Estado.
Zema e o novo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, irão conceder uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (16) sobre a situação.
Quase 975 mil pessoas já infectaram com coronavírus em Minas. 20.687 morreram em decorrência de complicações causadas pela Covid-19.
Além disso, o governo de MG afirma que o estado não vai mais poder receber partidas de futebol de outros estados. Um jogo entre o São Bento e o Palmeiras está marcado para quarta-feira (17), no Estádio Independência, em Belo Horizonte. Segundo o secretário estadual de saúde, a tendência é de que todos os jogos sejam suspensos em Minas, mas o tema ainda está em discussão.
Nesta terça-feira , o governador Romeu Zema oficializou a decreto que determina a onda roxa do programa Minas Consciente. A fase é mais restritiva e prevê, além do fechamento do comércio, a restrição de circulação de pessoas.
A adesão é obrigatória a todos os municípios, e é proibida a circulação entre 8 da noite e 5 da manhã, além de pessoas que tenham sintomas gripais. Também serão implementadas barreiras sanitárias. A estadia de turistas em hotéis vai ser proibida.
Segundo Zema, todas as regiões de Minas Gerais estão com o sistema de saúde em colapso, e não há possibilidade de ampliação de leitos por causa da falta de profissionais de saúde.