O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anuncia que assinou o acordo com a Pfizer para a compra de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19.
O anúncio é feito em meio às denúncias da CPI da Pandemia, que indicam que o governo federal deixou de fechar diversos acordos com a farmacêutica americana para a aquisição do imunizante ainda no ano passado.
As entregas devem ocorrer até o final deste ano. O governo já tinha um contrato para a compra de 100 milhões de doses e deve terminar o ano com 200 milhões de vacinas do laboratório. A imunização exige duas aplicações com o intervalo de 21 dias a três meses.
Sobre o atraso da chegada do insumo farmacêutico ativo necessário para fabricação da Coronavac, Marcelo Queiroga voltou a alegar que não há nenhum problema diplomático entre o Brasil e a China, país que exporta o produto.
O ministro ainda reforçou que o Brasil vai ter autonomia para produzir o IFA, pois já existe um acordo de transferência de tecnologia prestes a ser fechado. Ele também afirmou que pretende vacinar toda a população brasileira acima dos 18 anos até o fim deste ano.
Queiroga disse ainda que o Ministério da Saúde já distribuiu 80 milhões de doses aos estados e municípios e que, atualmente, o Brasil está vacinando cerca de dois milhões de pessoas por dia. Os dados oficiais indicam que a vacinação diária não alcança nem a metade da cifra citada pelo ministro.
As afirmações foram feitas durante um evento de vacinação de atletas e paratletas que vão competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Um grupo de cinco profissionais foi vacinado pelo próprio ministro após uma doação de dois laboratórios em parceria com o Comitê Olímpico Internacional.