O Insituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz, conhecido como Bio-Manguinhos, se junta a uma rede de fabricantes de vacinas dos países do Sul Global. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (29), primeiro dia da Cúpula Global de Preparação para Pandemias, realizada pelo Ministério da Saúde, pela Fiocruz e pela Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi). A coalização, lançada em 2017, é uma parceria entre organizações públicas, privadas e filantrópicas e tem como objetivo produzir e disponibilizar vacinas para doenças infecciosas emergentes.

Segundo a Fiocruz, a inclusão de Bio-Manguinhos na rede vai aumentar a capacidade de produção de imunizantes em resposta a ameças de epidemias e pandemias, principalmente na América Latina e no Caribe. Durante a pandemia da Covid-19, a instituição produziu cerca de 250 milhões de doses de vacina contra a doença.

Na abertura da Cúpula Global de Preparação para Pandemias, o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, ressaltou que os países do Sul precisam ainda combater a pobreza, estando preparados não só para emergências, mas também para problemas de saúde considerados usuais.

A ex-presidente da Fiocruz e atual ministra da Saúde, Nísia Trindade, também participou do evento, que acontece até esta terça-feira (30) . Ela destacou a necessidade do financiamento constante de pesquisas, para evitar crises na saúde.

A ministra ainda citou o Grupo de Trabalho do G20 voltado para a área, que tem discutido a cooperação para a produção global e regional e para o acesso a vacinas.

Na semana passada, o Rio de Janeiro sediou um evento para o anúncio de investimentos dos Estados Unidos e da Alemanha para o Fundo para Pandemias, relativos aos anos de 2025 e 2026. O fundo foi criado em setembro de 2022, para ajudar países não ricos no combate a situações como a causada pela Covid-19.