O Ministério da Igualdade Racial anunciou nesta terça-feira (26) a exoneração da assessora especial de Assuntos Estratégicos da pasta que ofendeu a torcida do São Paulo e a diretoria do Flamengo.
Em um post nas redes sociais, no último domingo (24), se referindo aos são-paulinos, Marcelle Decothé escreveu: “torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade... pior tudo de pauliste”
A assessora, que é flamenguista, chamou ainda a diretoria do Flamengo de fascista, após o time perder a decisão da Copa do Brasil.
Em outro post, Marcelle Decothé declarou amor ao Flamengo e publicou: “Independentemente da diretoria fascista, dos ‘pau no koo’ que acha que merece vestir a camisa do clube, pra sempre Flamengo” e ainda “não importa onde esteja, sempre estarei contigo”.
Ela e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estavam no estádio do Morumbi, na zona sul da capital paulista, para assinar um protocolo de intenções no combate ao racismo.
A ministra ligou nesta terça-feira (26) para o presidente da principal torcida organizada do São Paulo para pedir desculpas pelo comportamento da funcionária.
O Ministério da Igualdade Racial disse que, ainda que as postagens tenham sido feitas em tom informal, o caso será submetido às instâncias internas de investigação da conduta.
O Ministério da Igualdade Racial abriu uma investigação para apurar a conduta de assessoras da ministra.
Desde domingo, Anielle Franco, que é flamenguista, tem sido alvo de críticas por ter usado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir de Brasília a São Paulo para acompanhar o jogo. Ela justificou, no entanto, que a viagem estava programada e foi para a assinatura de um protocolo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com o objetivo de combater o racismo no futebol.
O ministro do Esporte, André Fufuca, também usou um avião da FAB para ir sozinho do Maranhão a São Paulo, enquanto Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, utilizou um voo comercial. Ele fez o mesmo trajeto de Anielle Franco.