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Ministro da Defesa pede para fazer parte de comissão eleitoral do TSE

Até então, Forças Armadas eram representadas pelo general Heber Garcia Portella; atuação dos militares é criticada por desacreditar o sistema

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Ministro da Defesa pede retirada de Heber Garcia Portella de Comissão de Transparência
Ministro da Defesa pede retirada de Heber Garcia Portella de Comissão de Transparência
Marcos Côrrea - PR/Agência Brasil

Em ofício enviado ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, pede a retirada do general Heber Garcia Portella da Comissão de Transparência das Eleições. O documento é do dia 28 de abril, mas foi divulgado nesta segunda-feira (9).

No texto, Nogueira ainda avisa ao ministro Luís Edson Fachin que, a partir de agora, quer centralizar as demandas da comissão.

A atuação de Portela vinha sendo criticada no colegiado da corte eleitoral. Durante as reuniões na comissão, o general sugeriu diversas mudanças ao TSE para o processo eleitoral deste ano e questionou a segurança das urnas.

Boa parte das sugestões não foram aceitas pelo grupo.

Portella pontuava questões que vão na mesma linha das contestações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro.

O Tribunal Superior Eleitoral afirmou nesta segunda-feira (09) que vai responder aos questionamentos da Defesa até a próxima quarta-feira (11). A corte, no entanto, ressaltou que as perguntas foram enviadas fora do prazo.

Na semana passada, o ministro da Defesa cobrou do TSE que as dúvidas fossem divulgadas e respondidas.

A medida tenta colocar em dúvida a segurança do voto eletrônico, o que é negado por especialistas. Nunca foram provadas fraudes nas urnas.

Em nota divulgada no início da tarde desta segunda (9), o Ministério da Defesa negou que tenha solicitado a saída do general Heber Portella, mas que confirmou o pedido para concentrar os pedidos ao ministro. A nota reforça que as Forças Armadas foram convidadas pelo TSE para participar da comissão.

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