Ministro do Meio Ambiente elogia atuação e acordos firmados pelo Brasil na COP26

Entidades ambientais criticam o governo por conta do aumento de desmatamento na Amazônia

BandNewsFM

Atuação de Joaquim Lopes na COP26 é criticada por entidades ambientais Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
Atuação de Joaquim Lopes na COP26 é criticada por entidades ambientais
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, elogiou a participação do Brasil na COP26, conferência do clima da ONU realizada em Glasgow, na Escócia.

Porém, na semana passada, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, confirmou que a área desmatada na Amazônia teve aumento de 22%.

Durante pronunciamento feito para divulgar o balanço da participação brasileira no evento, Leite afirmou que o avanço do desmatamento ilegal é a “principal fragilidade” do país e disse considerar o problema “inaceitável”.

Ele defendeu a necessidade de uma atuação "contundente" dos órgãos de fiscalização, como Ibama, Força Nacional e Polícia Federal, para barrar os crimes ambientais.

No entanto, entidades ambientais criticaram o governo por omissão, já que afirmaram que o ministério já sabia do resultado antes do início da COP26 mas só divulgou os dados dias depois do encerramento da conferência.

Questionado sobre o assunto, o ministro do Meio Ambiente negou que tenha recebido as informações do desmatamento antes de ir para a Escócia.

Brasil na COP26

Durante a COP26, o Brasil foi um dos 104 países que assinaram o acordo para reduzir em 30% a emissão do metano, um gás de efeito estufa.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o governo se comprometeu a controlar as emissões de metano na pecuária e que já trabalha para essa redução.

Ainda comentando sobre a participação brasileira na COP26, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse que o compromisso fechado entre os países para redução do uso de combustíveis fósseis, considerado tímido por especialistas, foi “o acordo possível”.

Além disso, declarou que para o governo é “surpreendente” o aumento registrado no desmatamento na Amazônia.