O ministro relator do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, votou para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível.

O ex-presidente é acusado de abusar de poder político para atacar o sistema eleitoral e a democracia brasileira. A Corte investiga a possibilidade de isso ter ocorrido durante uma reunião com cerca de 70 embaixadores em julho de 2022, no período pré-eleitoral.

A ação foi movida pelo PDT, que afirma que Jair Bolsonaro fez uso indevido dos meios de comunicação. Segundo o partido, o Palácio da Alvorada e a transmissão na TV Brasil foram utilizados para disseminar teses infundadas sobre as urnas eletrônicas.

Em sua defesa, Bolsonaro afirma que apenas "criticou" os aparelhos.

O julgamento teve início no dia 22 de junho e será retomado nesta quinta-feira (29) com o voto do ministro Raul Araújo. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, reservou três dias para analisar a ação contra o ex-presidente.

Se um deles apresentar um pedido de vista, ou seja, pedir mais tempo para avaliar o processo, o julgamento poderá atrasar até 60 dias. O que significa que Bolsonaro será julgado até, no máximo, o fim de agosto.

Se confirmada a inelegibilidade, ele ficará impedido de concorrer a cargos públicos até 2030.

A defesa do ex-presidente já informou que, nesse caso, entraria com recurso para recorrer da decisão.

Além de Bolsonaro, o candidato a vice na chapa de 2022, Walter Braga Netto, também é alvo do processo.