O balanço feito por aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é negativo para o deputado federal. Em conversa com a colunista da BandNews FM Mônica Bergamo, um interlocutor do alagoano disse que a “corda foi muito esticada” e o Palácio do Planalto já avalia que não há como confiar no mandatário responsável pela pauta de votação do plenário.
Ao longo da semana, Lira dificultou a tramitação da Medida Provisória que reestruturou ministérios do governo Lula. O texto foi aprovado no limite das possibilidades, estressando a relação com o Executivo.
Petistas avaliam que o presidente da Câmara “passou do ponto” nas cobranças ao Palácio do Planalto, reforçando a imagem que o alagoano faz “chantagem sem limites” contra o governo.
A semana também termina com uma preocupação extra para o deputado federal. O Supremo Tribunal Federal pode analisar já na próxima semana um processo que pode tornar Arthur Lira réu na Corte. Ele é acusado de corrupção passiva.
Na quinta-feira (01), um aliado do presidente da Câmara foi alvo de uma operação da Polícia Federal que apura sobrepreço na compra de materiais robóticos para escolas que não têm nem água encanada em Alagoas. Em entrevista, Lira disse que não é responsável pelo CPF que ex-funcionário e preferiu se distanciar das suspeitas de irregularidades.
Segundo aliados do alagoano ouvidos pela colunista da BandNews FM Mônica Bergamo, é hora de serenar os ânimos e buscar uma melhor relação com o Executivo.