Mônica Bergamo: crise do Credit Suisse pode acelerar negociações da Americanas

Segundo apurou a colunista da BandNews FM, a situação do banco suíço deve dar celeridade às tratativas entre os acionistas da varejista e as instituições financeiras

BandNews FM

O aumento da proposta apresentada pelo trio de acionistas da Americanas para reduzir o rombo nas contas da empresa amenizou o clima entre a varejista e os bancos credores. Apesar das instituições financeiras terem recebido de maneira positiva o valor de R$ 10 bilhões, elas indicam que, para salvar a rede, será necessário um aporte maior.

De acordo com a colunista da BandNews FM Mônica Bergamo, as corporações que participam das negociações forçaram um aumento da proposta de recuperação depois que rejeitaram e negaram uma proposta inicial de R$ 7 bilhões.

Depois do aumento da cifra por parte de Jorge Paulo Lemann, Beto Sucupira e Marcel Telles, os três maiores acionistas da Americanas, as empresas indicaram que o movimento aponta para um acordo entre as partes.

No entanto, as instituições afirmam ainda que querem que os empresários aportem mais dinheiro na recuperação. O montante ideal, de acordo com os credores, giraria em torno de R$ 15 bilhões, mas, em conversas informais, confirmaram que poderiam aceitar o patamar de R$ 12 bilhões.

Segundo as informações apuradas pela jornalista, um banco permanece convicto de que apenas uma injeção de R$ 15 bilhões poderia salvar a varejista.

A recente crise do banco suíço Credit Suisse também passou a afetar as conversas na mesa de negociações. O caso aumenta a pressão para que as partes cheguem de maneira rápida a uma resolução antes que outras instituições financeiras sejam afetadas pela crise.

A intenção, tanto dos bancos quanto dos membros da Americanas, é de que a empresa continue funcionando. A avaliação é de que uma falência traria ainda mais danos financeiros aos investidores e financiadores da varejista.