Mônica Bergamo: juiz da Lava-Jato do Rio pode ser afastado do cargo

Marcelo Bretas é alvo de representações no Conselho Nacional de Justiça e caso vire réu em processo disciplinar precisará se afastar das funções

BandNews FM

O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, pode ser afastado do cargo caso o Conselho Nacional de Justiça aceite uma das três reclamações contra ele pela atuação na Lava-Jato fluminense. Informações da colunista da BandNews FM Mônica Bergamo indicam que o colegiado deve aceitar um processo disciplinar contra o magistrado, que precisará ficar afastado até a conclusão do julgamento.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi uma das pessoas que acionou o CNJ contra Bretas. O político do PSD acusa o juiz de perseguição em processos para possivelmente favorecer Wilson Witzel, ex-juiz e que foi eleito governador fluminense em 2018. Paes disputava a eleição com o ex-magistrado e foi alvo de processos judiciais na ocasião. Witzel sofreu impeachment por suspeitas de corrupção.

Bretas demonstrava proximidade com o ex-juiz e chegou a dividir um jato particular com o colega para acompanhar a posse de Jair Bolsonaro, em Brasília, no início de 2019.

A proximidade do juiz da Lava-Jato fluminense com políticos e a participação dele em atos políticos chegou a ser alvo de punição no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a segunda instância da Justiça Federal no Rio.

O julgamento no colegiado está marcado para o dia 7 de março.

Como juiz, Bretas foi responsável por processos que levaram o ex-governador do Rio Sérgio Cabral para a prisão e atuou em ações que apuraram corrupção na Petrobras e no governo do Rio de Janeiro.