Mônica Bergamo: no Brasil, três em cada 100 estudantes de medicina são pretos

Colunista repercute estudo realizado pela Faculdade de Medicina da USP; maior presença de negros, amarelos e indígenas nas faculdades públicas é consequência da lei de cotas

A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta segunda-feira (18) um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) que expôs uma maior ocupação de alunos majoritariamente brancos em cursos de medicina.

De acordo com o levantamento, dos 266 mil alunos nas 407 escolas pelo Brasil, apenas 3,5% dos estudantes se declaram pretos. Pardos são 25,8% e outros 68,6% são brancos. Entre os que se declaram de cor amarela são 1,8%, e 0,4% são indígenas.

Quando o recorte trata dos cursos de medicina das universidades privadas, o percentual cai e apenas 2,2% dos estudantes se declaram pretos. Já os pardos são 22,3%, e 73,6% são brancos. Entre os de cor amarela, são 1,7% e 0,2% indígenas.

Nas faculdades públicas, o percentual é três vezes maior de ocupação nos cursos de medicina por alunos pretos: 7,4%. Entre pardos, são 37%. Outros 52,2% dizem ser brancos. Amarelos são 2,2%, e indígenas, 1,1%.

Um dos fatores que pode explicar a maior presença de negros, amarelos e indígenas nas universidades públicas é a lei de cotas, que passou a veicular reserva de vagas em instituições federais e estaduais.

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