O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, respondeu ao pedido feito pelo Partido Liberal sobre a anulação dos votos depositados em 250 mil urnas modelo 2020. No texto, Moraes afirma que os equipamentos apontados na petição inicial da legenda foram utilizados tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022.

Diante disso, sob pena de indeferimento da matéria, pediu que o partido mude o pedido inicial, em um prazo de 24 horas, para abranger ambos os turnos das eleições.

Nesta terça-feira (22), Valdemar da Costa Neto afirmou que essas urnas são consideradas comprometidas, já que todas as urnas teriam o mesmo número de patrimônio, o que dificultaria uma eventual fiscalização.  

Valdemar já tinha adiantado a questão ao longo da semana, e chegou a ser procurado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, para falar sobre o levantamento.

O texto tem cerca de 30 páginas, e na justificativa, o PL afirma que a ideia seria anular os votos desses equipamentos, mas sem propor uma nova eleição, já que não há a intenção de tumultuar o país.

Embora enfático ao citar os supostos problemas das urnas, o documento do presidente do PL deixa clara a estratégia de jogar a responsabilidade do ato para o TSE.

Ainda não há prazo para que a questão seja julgada pela corte eleitoral.