
O cineasta Cacá Diegues morreu na madrugada desta sexta-feira (14), no Rio de Janeiro, aos 84 anos, devido a complicações de uma cirurgia. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual ele fazia parte desde 2018, ocupando a cadeira 7.
Cacá foi um dos fundadores do Cinema Novo, ao lado de Glauber Rocha. Com uma carreira marcada por contribuições fundamentais à dramaturgia brasileira, ele dirigiu filmes icônicos como Bye Bye Brasil e Tieta do Agreste.
O músico e amigo de infância Roberto Menescal colaborou com Diegues nas trilhas sonoras de algumas de suas obras. Menescal destacou a personalidade tranquila do cineasta: “Cacá sempre foi uma pessoa mansa. Nunca me lembro dele nervoso ou falando mal de alguém. Essa imagem fica comigo, parece que ele está aqui ao meu lado”, disse.
Durante a Ditadura Militar, Cacá Diegues viveu no exílio, mas manteve-se ativo nas discussões políticas, sempre defendendo a cultura e o cinema nacional. Em 2019, seu filme ‘O Grande Circo Místico’ representou o Brasil na disputa pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Cacá deixa a esposa Renata Almeida Magalhães e os filhos Isabel Diegues e Francisco Diegues, fruto de seu relacionamento com a cantora Nara Leão. Sua filha Flora Diegues faleceu em 2019.