Morre, aos 77 anos, em São Paulo, a cantora Gal Costa. Ela morreu em casa e a causa não foi divulgada a pedido da família. Uma das vozes mais marcantes da música brasileira será velada na próxima sexta-feira (11) na Assembleia Legislativa, na capital paulista. O enterro será reservado aos familiares e amigos.
No início deste mês, Gal cancelou um show que faria no festival Primavera Sound, na capital paulista, para se recuperar de uma cirurgia de retirada de um nódulo no nariz.
Nascida em Salvador, em 1945, Maria da Graça Costa Penna Burgos foi dona de uma das principais vozes da MPB.
Em março, ela esteve na capital baiana com a turnê do show "As Várias Pontas de Uma Estrela" no Teatro Castro Alves. Na ocasião, em entrevista à BandNews FM, ela afirmou que queria ter saúde para não deixar de cantar.
A artista completava 56 anos de carreira.
Em 1960, ela foi apresentada a Caetano Veloso, com quem criou vínculo artístico e pessoal. Ao lado de Caetano, e outros dois baianos, Maria Bethânia e Gilberto Gil, integrou os Doces Bárbaros, que impactou a música brasileira nos anos 1970, e foi um dos nomes do movimento tropicalista.
Ao longo da carreira, a cantora, compositora e atriz lançou mais de quarenta discos e gravou mais de dez DVDs. Foi indicada cinco vezes ao Grammy Latino e foi vencedora do Prêmio da Música Brasileira, em 2016, na categoria de melhor cantora.
Gal fez ainda mais de quinze participações especiais na televisão. A morte dela foi lamentada por diversas personalidades.
Na internet, Gil escreveu: "Muito triste e impactado com a morte de minha irmã".
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva publicou uma foto com a cantora. Gal Costa se empenhou na campanha e era eleitora do petista.
Com um coração na legenda, Caetano compartilhou a última publicação feita nas redes sociais da artista, um vídeo em que os dois cantam juntos a canção "Sorte", no Programa Chico e Caetano, em 1986.
