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Mourão propõe uma agenda mais racional para ampliar preservação do Meio Ambiente

Segundo ele, o Brasil não pode ser visto como vilão

Queimadas na Floresta Amazônica Foto: Reuters
Queimadas na Floresta Amazônica
Foto: Reuters

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que o Brasil "não suporta mais ser rotulado de vilão ambiental".

A declaração do vice-presidente foi dada durante a abertura do evento 2º Simpósio Amazônia 2021, do Instituto Sagres.

O general é o presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal e, para ele, os culpados pela destruição da maior floresta do planeta são “grupos políticos e econômicos” que “orquestram” as ações e justificam com o discurso de que são “maus inquilinos da propriedade alheia”.

Hamilton Mourão criticou o abandono de projetos sustentáveis que visavam melhorar e proteger a floresta, mas que foram deixados de lado após o golpe de 64 e, que se tivesse continuado nos governos seguintes ao período, “teríamos resultados sustentáveis”.

Ele fez ainda uma análise em defesa das pessoas que cometem os crimes ambientais que, nas palavras dele, "cortam árvores e utilizam o fogo" na região da floresta porque precisam disso para sobreviver.

O presidente do Conselho disse que o caminho para a preservação da floresta não é a “repressão das atividades informais”, e sim uma “agenda racional” para ser colocada em prática com a ajuda do “governo federal, governo estaduais e sociedade civil organizada”.

Segundo a apuração do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 581km² foram desmatados na Amazônia até o dia 29 de abril de 2021, equivalente a maior área desmatada desde 2016, e com aumento de 43% desde o mês de abril do ano passado, 2020.

No mês que foi contabilizado maior aumento de desmatamento pelos estados que compõe parte da Floresta Amazônica, foi também o período em que a Operação Verde Brasil 2 terminou (30 de abril), retirando as forças armadas que rondavam a área com intuito de prevenir mais desmatamento.