Em coletiva nesta quarta-feira (20), o Ministério Público do Paraná apresenta uma denúncia contra o policial penal federal Jorge Guaranho. Ele é investigado pelo assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda.
Após a conclusão do inquérito da Polícia Civil na sexta-feira (15), o prazo para que o MP apresentasse a denúncia era de cinco dias. Com o fim do prazo, a denúncia foi realizada sem a conclusão de cinco laudos, entre eles a análise de vídeos de monitoramento, confronto balístico e perícia do celular de Guaranho.
O promotor de justiça Tiago Lisboa Mendonça, explicou que, de acordo com entendimento do MP, embora importantes, os laudos não eram imprescindíveis para o oferecimento da denúncia. E, caso ela não fosse feita no prazo, poderia acarretar inclusive na soltura do réu.
O crime aconteceu na noite de 09 de julho, durante a comemoração do aniversário de 50 anos de idade de Arruda. Uma festa com decoração alusiva ao ex-presidente Lula e ao Partido dos Trabalhadores.
Guaranho, teria tido acesso às câmeras do clube onde a festa acontecia e por conta disso, foi até lá provocar os participantes. Ele e o aniversariante discutiram e mais tarde o policial penal retornou ao local, invadiu a festa e matou Arruda.
O policial também foi atingido por tiros e está internado desde então.
Durante a coletiva, o promotor de justiça Luís Marcelo Mafra Bernardes apresentou à imprensa todas as imagens que registraram os acontecimentos que resultaram na morte de Arruda.
Segundo a promotoria a denúncia se pauta em elementos bem embasados e que permitiram que Guaranho se tornasse réu pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por colocar a vida de terceiros em risco.
Apesar de estar no hospital o MP informou que Guaranho está preso preventivamente. Quanto aos laudos pendentes, o Instituto de Criminalística do Paraná, informou que eles devem ser concluídos em 10 dias.