O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) apresentou uma denúncia pelos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica contra o filho do ex-presidente Jair Renan Bolsonaro, o 04.
Cabe agora à justiça aceitar, integral ou parcialmente, ou rejeitar as acusações apresentadas pelos promotores.
O processo surgiu após o começo da investigação contra o filho do ex-presidente e o instrutor de tiro dele, Maciel de Carvalho, eles teriam supostamente falsificado documentos de comprovação de faturamento da empresa RB Eventos e Mídia para conseguir empréstimos bancários que não foram pagos.
Segundo as investigações, a suspeita recai sobre uma declaração de faturamento de R$ 4,6 milhões da Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia, empresa dele que atuava para fornecer "serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas".
Pelo processo, não há dúvidas de que as declarações são falsas, tanto material, em razão das falsas assinaturas, quanto ideológico, já que foram apresentadas informações inverídicas nos faturamentos.
Investigações apontam que ao todo, a dupla teria conseguido pelo menos três empréstimos e Jair Renan teria se beneficiado de parte dos valores obtidos de forma ilícita, através do pagamento da fatura do cartão de crédito da empresa.
Em depoimento, Jair Renan disse que não reconhece as assinaturas e negou ter feito empréstimos. Perito, testemunhas e até imagens de seu login no aplicativo bancário vão de encontro a tese apresentada por ele.
O advogado Admar Gonzaga, que representa Jair Renan, disse que não comentaria o caso por questão de sigilo. Já Pedrinho Villard, que defende Maciel Alves, afirmou que seu cliente "com certeza" seria absolvido.