O Ministério Público do Rio de Janeiro afirma que o congolês Moïse Kabamgabe, morto a pauladas em janeiro dentro de um quiosque na Barra da Tijuca, foi agredido com crueldade, como se fosse um ''animal peçonheto''. A afirmação faz parte da denúncia apresentada nesta segunda-feira (21) contra os três homens presos pelo crime. Desde então, o trio está preso preventivamente.
Fábio Pirineus da Silva, Aleson Cristiano de Oliveira e Brendon Alexander Luz foram denunciados por homicídio. De acordo com o MPRJ, eles teriam agido "com vontade livre e consciente de matar" e que o crime foi praticado por motivo fútil, decorrente de uma mera discussão. A denúncia diz ainda que Moïse foi agredido com socos, chutes, tapas e golpes desferidos com um taco de beisebol, sem chance de defesa.
Nas investigações, a Polícia Civil concluiu que outras três pessoas, apesar de terem participado do episódio, deixaram de prestar socorro ao jovem congolês.
Para a instituição, o funcionário do quiosque Tropicália, Jailton Pereira Campos, o Baixinho, se manteve inerte durante todo o momento, chegando inclusive a continuar com as atividades do estabelecimento.
Ainda segundo a polícia, Matheus Vasconcelos Lisbola, embora não estivesse presente no local no início do ataque, também presenciou a vítima ser agredida sem nada a fazer, enquanto Viviane de Mattos Faria, que administra o quiosque Biruta, deixou de acionar a polícia e socorro. Os três foram indiciados.
Já em relação a Maicon Rodrigues Gomes, citado no inquérito por ter puxado Moïse pelas pernas, a corporação argumenta que não entendeu que a intenção dele foi agredir o jovem. A reportagem da BandNews FM tenta contato com a defesa dos citados.