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MPF apura denúncias de assédio envolvendo o presidente da Caixa

Pedro Guimarães comanda o banco público desde o primeiro dia do governo e deve deixar o cargo nesta quarta-feira (29)

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Denúncias começaram a surgir no fim do ano passado
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério Público Federal investiga as denúncias de assédio sexual envolvendo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. O caso, que está sob sigilo, foi revelado nesta terça-feira (28) pelo site Metrópoles, que ouviu cinco funcionárias do banco, sob a condição de anonimato.

As denúncias começaram a surgir no fim do ano passado e incluem relatos de toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites incompatíveis à relação de trabalho.

O assédio, de acordo com as funcionárias, ocorreu, na maioria das vezes, em viagens do programa Caixa Mais Brasil. O projeto é usado para promover o banco em diferentes cidades brasileiras.

Segundo um dos relatos, Pedro Guimarães escolhia, preferencialmente, “mulheres bonitas”, que – se despertassem interesse – eram convidadas para trabalhar em Brasília.

Nas viagens, ainda de acordo com as funcionárias, muitas eram chamadas para irem ao quarto do chefe, com suposta urgência, para levarem itens como “carregador de celular, sal de fruta e remédios”.

Em uma das ocasiões, uma delas encontrou Pedro Guimarães vestindo apenas “samba-canção”; nos horários de folga, elas eram convidadas ainda para irem à sauna ou à piscina dos hotéis.

Outra funcionária contou que o presidente da Caixa era “insistente” – usava a posição de poder – e chegou a passar a mão nas nádegas dela.

ENCONTRO COM BOLSONARO

Nesta terça-feira (28), após as denúncias, Jair Bolsonaro se reuniu com Pedro Guimarães e a expectativa é que ele deixe o cargo ainda nesta quarta-feira (29).

Para o presidente – de acordo com aliados -, as denúncias de assédio são “inadmissíveis”.

A Caixa, em nota, disse que ainda não tomou conhecimento das acusações e “que adota medidas para eliminar qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça”.

O Palácio do Planalto ainda não se pronunciou oficialmente.

Pedro Guimarães é um dos auxiliares mais próximos do presidente Jair Bolsonaro e foi cogitado anteriormente como um possível candidato à vice na chapa do Partido Liberal.

O presidente da Caixa também participava constantemente das lives tradicionais às quintas-feiras e era presença frequente nas viagens presidenciais.

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