O Ministério Público Federal instaura um procedimento criminal para investigar a conduta de empresários e políticos que teriam recebido irregularmente as doses da Pfizer, em Belo Horizonte. A procuradoria informou que apura possíveis crimes de importação e receptação de mercadoria proibida ou irregular. A denúncia foi feita pela revista Piauí e envolveria 50 pessoas. Segundo a reportagem, as duas doses teriam custado R$ 600.
O ex-senador e ex-presidente da Confederação Nacional de Transporte, Clésio Andrade, teria admitido à revista que recebeu a dose, mas ao ser questionado pela BandNews, negou. O Ministério da Saúde disse que as primeiras doses da Pfizer só chegarão ao país em abril. O laboratório nega a venda ou distribuição das vacinas fora do Plano Nacional de Imunização.
Segundo a Piauí, as teriam sido vacinadas por uma enfermeira que estava imunizando outro grupo na Belgo Mineira, siderúrgica pertence ao grupo Arcellor Mittal. Procurada pela BandNews FM, o Grupo afirmou que que nunca comprou nenhuma vacina para o combate da Covid-19 da Pfizer ou de qualquer outra empresa farmacêutica e ressaltou que desconhece a atuação dos funcionários em processos irregularidades de vacinação.
A Pfizer negou qualquer tipo de venda ou distribuição da vacina fora do Programa Nacional de Imunização e destacou que o imunizante ainda não está disponível no Brasil. O Ministério da Saúde confirmou a versão e destacou que as primeiras doses contratadas pela pasta só chegarão ao país em abril.
A BandNews FM já acionou os Ministérios Públicos de Minas e Federal. A Polícia Federal também foi procurada para comentar o caso. Mas nenhuma das instituições e manifestou.