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MPF investiga uso de proxalutamida em pacientes com Covid-19

Hospital Arcanjo São Miguel, em Gramado, é o novo alvo da investigação

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Hospital Arcanjo São Miguel, em Gramado, é o novo alvo da investigação
Hospital Arcanjo São Miguel, em Gramado, é o novo alvo da investigação
Foto: Divulgação/Prefeitura de Gramado

Mais um hospital do Rio Grande do Sul é investigado por testar o medicamento proxalutamida em pacientes com Covid-19. Depois do Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre, o Hospital Arcanjo São Miguel, em Gramado, na serra gaúcha, é o alvo da apuração do Ministério Público Federal. 

O órgão suspeita que o experimento faça parte do mesmo estudo realizado no hospital da Brigada. A droga experimental foi criada para combater o câncer de próstata, mas foi testada contra o novo coronavírus, mesmo sem eficácia comprovada contra a doença. 

A iniciativa do MPF partiu de uma entrevista concedida pelo superintendente do hospital, Marcio Slaviero à uma rádio, em março deste ano, mencionando que a instituição realizava uma pesquisa que envolvia a proxalutamida, e disse que que ainda não era possível ter certeza do resultado do estudo. No entanto, adiantou que tinha a "impressão" de que alguns pacientes tiveram melhora após o tratamento com a droga.

O remédio é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como tratamento da Covid-19, o político repete a defesa de medicamentos com eficácia não comprovada, assim como fez anteriormente com a ivermectina e a hidroxicloroquina.

A Anvisa decidiu, no dia 02 de setembro, suspender a importação e uso de proxalutamida no Brasil para testes em seres humanos. A agência também abriu um dossiê para obter maiores informações sobre os produtos à base da droga utilizados no país e verificar possíveis infrações sanitárias.

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