

O Ministério Público Federal e o MP do Amazonas entraram com uma ação contra o município de Manaus nesta quinta-feira à noite (21).
No documento, os órgãos pedem que a gestão da capital amazonense preste contas diariamente da relação de pessoas vacinadas contra o coronavírus.
O imbróglio envolvendo a imunização em Manaus começou na última terça, depois que a rádio BandNews FM denunciou que as médicas recém-formadas Isabelle e Gabrielle Lins, que postaram fotos tomando as doses, eram recém-nomeadas pela prefeitura da cidade.
As irmãs são filhas de um grande empresário do município, Nilton Lins, e passaram a trabalhar no início do mês na UBS que fica em um terreno doado pelo pai delas em uma avenida que leva o nome dele.
De acordo com a promotora responsável pela ação, Lilian Nara Almeida, o propósito dos órgãos é evitar que pessoas fora do grupo prioritário furem a fila da vacinação.
“Além de ter que lidar com a falta de oxigênio e com a falta de insumos ainda estamos lidando com mais essa situação: pessoas que deveriam estar sendo imunizadas estão sendo deixadas para trás, enquanto outras pessoas que não deveriam estar sendo imunizadas já estão sendo”, afirma a promotora.
Quem tomar ou aplicar irregularmente a vacina pode também responder criminalmente, segundo a promotora.
Os crimes previstos são peculato e improbidade administrativa.
Nesta quinta-feira (21), a prefeitura de Manaus suspendeu temporariamente a vacinação dos profissionais de saúde.