O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga o paradeiro do celular do ex-secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, que não foi apreendido no dia da prisão do delegado, na semana passada. Segundo o MP, na ocasião, Turnowski afirmou que tinha perdido o celular na noite anterior a prisão, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Ele esteve na área para atividades de campanha, já que tentava uma vaga na Câmara dos Deputados.
No entanto, ao analisar dos dados das antenas de telefonia móvel, os promotores encontraram o registro do aparelho por volta das 23h no condomínio do delegado, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O MPRJ acredita que o telefone foi retirado do apartamento para evitar a apreensão.
O ex-comandante da Polícia Civil é acusado de envolvimento com bicheiros e é apontado como agente duplo entre contraventores.
No celular desaparecido, os promotores suspeitam da existência de mensagens trocadas pelo delegado com outro colega, que também foi alvo de operação contra a corrupção policial.
Turnowski segue preso em uma unidade para policiais, em Niterói.
Nesta quinta-feira (15), o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto negou um pedido de transferência de presídio feito pessoalmente pela própria Secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Lo Duca Nebel.
Na decisão, o desembargador classificou como esdrúxulo o pedido de levar Turnowski para o Corpo de Bombeiros ou para o presídio da Polícia Militar porque o juiz de primeiro grau já havia afirmado que a cadeia pública Constantino Cokotós é historicamente destinada a presos da Polícia Civil ou SEAP, e que a área administrativa da unidade possui comodidades adequadas para higiene e segurança.