Atletas transgênero não poderão mais competir na categoria feminina do atletismo em eventos internacionais. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (23) pela World Athletics, organização responsável por gerir o atletismo mundialmente.
Com isso, nenhuma atleta transgênero que passou pela puberdade masculina poderá disputar competições que valem para o ranking mundial feminino a partir de 31 de março.
Segundo o presidente da organização, Sebastian Coe, a decisão foi "guiada pelo princípio de proteger a categoria feminina". Ele afirmou que um grupo de trabalho será criado para conduzir mais pesquisas sobre as diretrizes de elegibilidade para transgêneros. "Não estamos dizendo 'não' para sempre", disse Coe.
O conselho da World Athletics ainda votou para reduzir a quantidade de testosterona no sangue permitida para atletas com diferenças no desenvolvimento sexual (DSD), como a sul-africana Caster Semenya.
Agora, o nível máximo aceito é 2,5 nanomoles por litro (anteriormente o limite era de 5 nanomoles). Será exigido que as atletas mantenham o número abaixo do limite por dois anos para competir internacionalmente na categoria feminina em qualquer evento.
Também nesta quinta a World Athletics determinou que os atletas da Rússia e da Bielorrússia vão permanecer excluídos de todas as competições em função da invasão da Ucrânia. A decisão pode inviabilizar a participação de atletas desses países nos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, caso a guerra não termine até lá.