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Na ONU, Silvio Almeida condena postura israelense e fala de genocídio

Ministro dos Direitos Humanos pede a liberação de reféns e defende a criação de um estado palestino

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Na ONU, Silvio Almeida condena postura israelense e fala de genocídio
Reprodução/Agência Brasil

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, classificou a ocupação de Israel em Gaza como ilegal e pediu para que o país interrompa as "graves violações dos direitos humanos", citando o artigo II da convenção de 1984.

A declaração foi feita nesta segunda-feira (26) na 55ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça.

O texto, mencionado pelo ministro, classifica os seguintes atos como genocídio:

- Assassinato de membros do grupo;

- Dano grave à integridade fisica ou mental de membros do grupo;

- Submeter intencionalmente a condições que lhe ocasionem a destruição física total ou parcial;

- Impor medidas para o nascimento de membros do grupo;

- Realizar a transferência de menores de idade de um grupo para outro

Ao citar o artigo, Silvio Almeida repudiou a "desproporcionalidade do uso da força por parte do governo de Israel, uma espécie de punição coletiva".

A guerra na Faixa de Gaza já ultrapassou os 30 mil mortos, na maioria civis, incluindo milhares de crianças e mulheres. Além de falar das mortes, o ministro também citou que a guerra já deslocou forçadamente mais de 80% da população de Gaza e "deixou milhares de civis sem acesso a energia elétrica, água potável, alimentos e assistência humanitária básica."

No discurso, Silvio Almeida também condenou os ataques feitos por Israel na Faixa de Gaza e pediu a liberação dos reféns em poder do grupo terrorista Hamas:

"Já em mais de uma oportunidade condenamos os ataques impetrados pelo Hamas e demandamos a libertação imediata e incondicional de todos os reféns"

Ao classificar a ocupação israelense em Gaza como ilegal, o ministro disse que espera que a ONU reconheça que a situação viola as normas internacionais.

Ele destacou também, que a criação de um Estado soberano na Palestina é imprescindível para a paz no Oriente Médio.

No fim do discurso, o ministro disse que o Brasil se opõe a qualquer forma de antissemitismo e islamofobia.

Na última sexta-feira (23), o presidente Lula também fez críticas à postura israelense e classificou os atos de Benjamin Netanuyahu, primeiro-ministro de Israel, como genocida.