A CPI da Covid continua os trabalhos nesta quarta-feira(5). O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, será ouvido a partir das 10h00.
Ele é o segundo a prestar depoimento.
Teich foi ministro por menos de um mês, entre 17 de abril e 15 de maio do ano passado. Ele pediu demissão por divergências com o presidente Jair Bolsonaro sobre a Covid-19. Bolsonaro sempre defendeu a cloroquina como medicamento a ser usado de maneira precoce para combater a doença, o ex-ministro alertava que o remédio não era cientificamente comprovado como eficaz para tratamento contra a Covid-19.
O ex-ministro terá alguns minutos para fazer uma exposição antes de começar a responder as perguntas dos senadores por 15 minutos.
Teich será questionado sobre a sua saída do cargo e também da falta de um programa de testagem em massa para a população brasileira.
Mandetta defende que sua gestão se baseou na ciência e critica Bolsonaro
Na última terça-feira(4), a comissão ouviu Luiz Henrique Mandetta, ex-titular da pasta, por mais de sete horas. Mandetta defendeu a ciência e a vacinação em massa, além de afirmar que o comportamento do presidente Jair Bolsonaro foi negativo para o enfrentamento da pandemia.
O ex-ministro afirmou que Bolsonaro queria alterar a bula da cloroquina para que o remédio fosse recomendado contra a Covid-19 e que ele foi alertado dos riscos da pandemia para o Brasil. Ele defendeu também a vacinação em massa e acrescentou que as medidas restritivas para conter o número de casos e mortes foram tomadas de maneira tardia.
Por fim, Mandetta disse que o tratamento precoce defendido por Bolsonaro deveria ser chamado de “kit ilusão”.
Depoimento de Pazuello é adiado para o dia 19
O depoimento de outro ex-ministro da Saúde também foi remarcado para o próximo dia 19. Eduardo Pazuello, que seria ouvido nesta quarta-feira, alegou ter tido contato com pessoas que testaram positivo para Covid-19 e por isso decidiu entrar em quarentena.