Um novo bloqueio da Avenida Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, prejudica o trânsito de veículos e obriga até passageiros a descerem dos ônibus por causa do congestionamento. Desde o último sábado (2), três faixas estão interditadas no sentido centro.
O bloqueio, de cerca de 1 km, ocorre no trecho entre a Avenida Juscelino Kubitschek e a Rua Afonso Braz. As três pistas no sentido bairro vão acomodar o trânsito na região até o começo de outubro, depois serão feitas outras alterações.
No primeiro dia útil das mudanças, o ouvinte Gabriel Franco conta que teve um acréscimo de meia hora no trajeto por causa das mudanças: “Está tudo parado. O cruzamento com a Juscelino Kubitschek está impossível. Devo ter acrescentado de 35 a 40 minutos no meu trajeto”.
As obras na Avenida Santo Amaro acontecem desde julho do ano passado. O novo trecho de interdição não terá alterações nos itinerários das linhas de ônibus que circulam.
Porém muitos passageiros foram prejudicados na manhã desta segunda-feira (4). O ouvinte Jaques Xavier, por exemplo, teve que descer do coletivo porque ficou no mesmo quarteirão por mais de 20 minutos parado dentro do transporte público. “No túnel de acesso da Avenida São Gabriel até a Avenida Santo Amaro, os ônibus tiveram que abrir as portas para que os passageiros descessem e seguissem o caminho a pé por dentro do túnel, dividindo espaço com carros que vinham na contramão com outros ônibus”, disse.
A nova interdição acontece após o Tribunal de Contas do Município (TCM) cobrar celeridade nas obras da Prefeitura de São Paulo. De acordo com parecer do TCM, passada metade do prazo de entrega, as intervenções tinham avançado menos de 20%.
A Avenida Santo Amaro deve ganhar calçadas mais amplas, percursos acessíveis, enterramento de cabos, reforma do corredor e das paradas de ônibus, nova iluminação em LED, além do aperfeiçoamento do sistema de coleta de água e esgoto.
Segundo a gestão municipal, estão sendo investidos R$ 74 milhões, com recursos da Operação Urbana Faria Lima. A conclusão das obras deve seguir até o final de abril de 2024.