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Oinegue: 163 países cresceram mais do que o Brasil nos últimos 8 anos

Jornalista aponta que houve defasagem enorme na economia brasileira no período

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Nesse ritmo, o Brasil precisaria de quatro séculos para dobrar o PIB.
Nesse ritmo, o Brasil precisaria de quatro séculos para dobrar o PIB.
Foto: Agência Brasil

O âncora do BandNews FM No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, comentou o ritmo de crescimento do PIB brasileiro, que subiu apenas 1,2% entre 2013 e 2021.

Eduardo Oinegue lembrou que a população do país aumenta a cada ano, mas a renda não acompanha esse movimento, o que resulta em uma população pobre: “Não estamos falando apenas de um crescimento minguado, mas sim de um empobrecimento assustador”.

Oinegue comparou a situação do Brasil com as de outros 184 países e chegou à conclusão de que apenas 20 se saíram pior no período. É o caso da República Dominicana, que cresceu 0,1% em média ao ano, e de outras 19 nações cujas economias encolheram, como Angola, Líbano e Venezuela.

O jornalista ainda apontou um dado preocupante, que 70% desses países cresceram 12 vezes mais que o Brasil: “A Espanha cresceu 6%, Estados Unidos 12%, Chile 15%, esses são alguns exemplos”.

Oinegue destacou que, nesse ritmo, o Brasil precisaria de quatro séculos para dobrar o PIB. Ele disse que, caso os próximos governantes não olhem para o passado, os erros poderão se repetir, afundando ainda mais nossa economia: “Quem garante que, se a gente não prestar atenção no que já aconteceu, as coisas não se repitam?”, questionou.

O âncora do BandNews FM No Meio do Dia concluiu ressaltando que, a instabilidade e a hostilidade da política brasileira, fazem com que não se veja uma melhora a curto prazo para essa situação: “Não adianta a gente olhar apenas para os números e fingir que não tem nada acontecendo. Ou o Brasil se apruma, ou essa situação triste se perpetuará”.

Oinegue destacou a importância de um projeto para o País: "Um crescimento baixo como o registrado no Brasil nos últimos oito anos inviabiliza qualquer projeto de investimento. Os candidatos podem prometer qualquer coisa: ferrovias, hidrovias, metrô em todas as grandes cidades, escolas em tempo integral, mais policiamento. Tudo vira conversa mole porque não há dinheiro para nada".

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