O âncora do BandNews no Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, fala da audiência pública que começou no Supremo Tribunal Federal hoje pela manhã e que vai até amanhã. Em pauta, a responsabilidade de provedores de aplicativos ou de ferramentas de internet pelos conteúdos gerados pelos usuários. E a possibilidade de remoção de conteúdos ofensivos e fraudulentos.
O jornalista lembra que as redes sociais, que pareciam nascer com a virtude de dar voz a quem não tinha voz, se tornaram terra de ninguém. Um ambiente onde uma quantidade reduzida de informação confiável circula junto com uma quantidade assombrosa de informação falsa. “As redes sociais se tornaram um ambiente propício para a circulação de desinformação, dos discursos de ódio, do assassinato de reputações, um espaço para a prática da intolerância e da violência, o que desafia a própria democracia”.
Eduardo Oinegue afirma que as plataformas se comportam como se não tivessem nada a ver com isso, como se fossem apenas um ambiente onde as pessoas exercitam a sua liberdade de expressão. “Só que não. Tem liberdade de expressão envolvida, mas tem muita manipulação que deve ser contida de alguma forma, com uma legislação que responsabilize o maior beneficiário desse sistema, que são as grandes empresas de tecnologia. Que não fazem nada ou quase nada para controlar a circulação de conteúdo podre pelas suas ferramentas. Pior, lucrando com isso”.
Para o jornalista, esse debate é fundamental. “O mundo todo está debatendo esse tema. Como combater as fake news sem agredir a liberdade de expressão. As redes sociais deram poder a todos, o poder de opinar, o poder de produzir conteúdo. Mas essa liberdade ampla não está acompanhada de nenhuma responsabilidade”.