Oito militares são condenados pelas mortes de músico e catador de latinhas no Rio

Foram disparados mais de 200 tiros de fuzil por uma patrulha do Exército na ocasião

Rádio BandNews FM

Defesa dos oito militares condenados pelas morte vai recorrer das penas aplicadas pela Justiça Militar Foto: Reprodução
Defesa dos oito militares condenados pelas morte vai recorrer das penas aplicadas pela Justiça Militar
Foto: Reprodução

A Justiça Militar condena oito dos 12 militares do Exército acusados pelas mortes do músico Evaldo Rosa e o catador de latinhas Luciano Macedo. O caso aconteceu no Rio de Janeiro, no dia 8 de abril de 2019. Os condenados vão recorrer em liberdade. O julgamento nesta quarta-feira (13) terminou em uma decisão inédita pela condenação e teve placar apertado, com três votos a dois pela condenação.

Os condenados alegaram que Luciano Macedo seria um assaltante e que o carro onde estava Evaldo Rosa seria roubado. Foram disparados 257 tiros de fuzil - 62 disparos atingiram o veículo.

A esposa de Evaldo, o filho do casal, então com 7 anos de idade, o sogro e uma amiga da família estavam no carro da família e seguiam para uma festa de família no momento dos disparos. O catador de latinhas tentou ajudar a família quando dos disparos e também foi atingido.

Segundo o Ministério Público Militar, não houve legítima defesa e nenhuma arma foi encontrada com Luciano.

A defesa dos oito militares condenados pelas mortes, além da tentativa de homicídio do sogro de Evaldo, que também ficou ferido na ação, vai recorrer das penas aplicadas pela Justiça Militar.

O tenente Ítalo da Silva Nunes, que comandava a guarnição envolvida no crime, foi condenado a 31 anos e 6 meses e outros sete militares receberam pena de 28 anos. Quatros militares foram absolvidos porque não atiraram no dia do crime.

O júri foi formado por quatro magistrados militares e uma juíza civil.

Este foi um dos assuntos abordados pelo jornalista Christiano Pinho, direto do Rio de Janeiro: