A mesma ONG que recebeu recursos públicos do Ministério do Desenvolvimento Social - e não distribuiu as refeições combinadas - teve outro contrato, esse de R$ 5,2 milhões, com o governo federal para fornecer cursos de capacitação a moradores de baixa renda na periferia da cidade de São Paulo.
Essa organização é comandada por José Renato Varjão, que foi assessor do deputado federal Nilton Tatto (PT-SP) e também do deputado estadual Ênio Tato (PT-SP), que são irmãos.
A ONG teria repassado parte dessa verba federal a uma empresa do próprio dono da ONG e a outra empresa de um sobrinho dele.
Varjão concedeu uma entrevista ao jornal O Globo e afirmou que os diretores da instituição que executam o trabalho podem receber pelo projeto e que tudo "está dentro da lei".
Outro contrato de R$ 72 mil foi fechado com uma empresa de Jonathas Varjão Ferreira, que é sobrinho do dono da ONG principal.
O sobrinho diz que é um dos fundadores da organização junto com o tio e que retornou à ONG depois de passar por outros empregos.
Jonathas Varjão Ferreira afirma que é consultor de comunicação e que cuida das redes sociais. Por contrato, o trabalho desempenhado é de "analista especializado de serviço de comunicação".