A Associação Brasileira de Imprensa pede que a Organização das Nações Unidas acompanhe e monitore os desdobramentos da prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson após ofensas contra a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia, Judiciário e resistência à prisão.
O documento foi encaminhado ao Relator Especial sobre Independência de Juízes e Advogados da ONU, Diego García-Sayán. No pedido, o presidente da ABI, Octávio Costa, e os advogados Carlos Nicodemos e Maria Fernanda Fernandes Cunha detalhando o caso.
O ex-deputado Roberto Jefferson passou a primeira noite no presídio Pedro Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8 após passar pela audiência de custódia na segunda-feira (24) no presídio de Benfica na Zona Norte do Rio.
Fontes ouvidas Secretaria de Administração Penitenciária informaram que Jefferson passou a noite estável e teve medicações aplicadas por conta do quadro clínico com diabetes, hipertensão e tratamento de câncer.
Roberto Jefferson foi preso, no domingo (23), após disparar mais de 60 tiros de fuzil e jogar três granadas de efeito moral contra uma equipe da Polícia Federal que tentava cumprir um mandado de prisão contra ele, em Levy Gasparian, no interior do Rio.
O chefe do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal que participou da negociação, afirmou em depoimento que o ex-deputado federal chegou a dizer, enquanto resistia à prisão, que só sairia de casa morto.
A PF chegou a casa do ex-ministro, em Levy Gasparian, por volta do meio-dia de domingo para cumprir uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) e foram surpreendidos por uma granada que estava nas mãos do político.
A agente Karine Oliveira que participava da ação foi atingida por estilhaços na bacia, testa e braços. Além dela, o delegado Marcelo também foi ferido na cabeça e chegou a ter a visão do olho direito prejudicada no ataque.