O Ministério Público do Rio e a Polícia Federal prenderam nesta quinta-feira (25) oito acusados de integrarem a maior milícia do Rio, conhecida como “Bonde do Zinho”. Um dos chefes do grupo paramilitar, Geovane da Silva Motta, o GG, foi localizado em um hotel de luxo em Gramado, no Rio Grande do Sul.
Ao todo, a Operação Dinastia tenta cumprir 23 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. O MP investiga se a milícia está por trás da morte de Jerominho, em Campo Grande, na Zona Oeste, no último dia 4 de agosto. O ex-vereador e miliciano foi o fundador da Liga da Justiça, uma das primeiras milícias do estado, e que deu origem ao grupo hoje comandado por Luís Antônio Silva Braga, o Zinho.
Zinho é irmão do ex-chefe da maior milícia da capital fluminense, o Ecko, morto em uma ação da polícia em 2021.
Os 120 policiais que participam da ação iniciaram a operação no fim da madrugada desta quinta-feira (25).
Segundo o Ministério Público, os milicianos são responsáveis por vários homicídios contra integrantes do grupo rival e contam com um núcleo que tem a função de perseguir e assassinar milicianos de outras quadrilhas. A maior parte dos confrontos acontece com o grupo conhecido como o Bonde do Tandera, que é comandado por Danilo Dias, o Tandera.
A quadrilha também pratica extorsões cobrando pelo pagamento de “taxas” de comerciantes e prestadores de serviço. Até as informais barraquinhas de rua, que vendem lanches, são achacadas pelos criminosos que atuam, em especial, na Zona Oeste.