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Operação Draco: Polícia prende 8 suspeitos de ligação com maior milícia do RJ

Delegada é alvo da investigação por repasse de informações sigilosas para criminosos

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Polícia cumpriu mandado de busca e apreensão nesta sexta-feira (20).
Polícia cumpriu mandado de busca e apreensão nesta sexta-feira (20).
Foto: Divulgação/Polícia Civil

A delegada Ana Lúcia da Costa Barros alvo da Operação Draco da Polícia Civil contra agentes públicos acusados de envolvimento com a maior milícia do Rio de Janeiro teria acessado o sistema interno da corporação para repassar informações privilegiadas aos milicianos.

Ana Lúcia Barros é casada com um agente penitenciário que está entre os oito presos na ação. A policial foi alvo de busca e apreensão.

Segundo o delegado Thiago Neves, as investigações apontam que os agentes públicos repassavam informações privilegiadas aos milicianos, principalmente de operações contra grupos rivais. Há também a suspeita de que os policiais chegaram a deslocar milicianos com escolta das próprias viaturas da corporação.

Na casa de um dos policiais militares, foram apreendidos armas de fogo, facões, jóias, um carro e cerca de cinco mil reais em espécie. Ao todo, foram expedidos 10 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão.

A investigação começou em abril do ano passado, na casa de Francisco Anderson da Silva Costa, o Garça. Segundo a polícia, ele era responsável pela gestão dos valores da quadrilha e um dos principais homens de confiança de Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto em junho de 2021. Nesta sexta-feira (20), o grupo paramilitar é comandado pelo irmão dele, Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, ainda foragido.

Zinho seria o "homem de cima" citado em conversas dos agentes públicos alvos da operação. Os recursos milionários da quadrilha tem como origem vários crimes e ajudam a montar o que os presos chamam em conversas privadas de um "exército" que beneficie a quadrilha.

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