Orengo: Com reforma ministerial à vista, deputados pressionam por mais espaço no governo

Na avaliação de deputados, a Câmara apoiou o governo em matérias fundamentais e, portanto, deveria ter mais espaço na Esplanada dos Ministérios

Com uma reforma ministerial à vista, deputados pressionam o governo Lula por mais espaço. Na avaliação dos parlamentares, o apoio da Câmara dos Deputados foi fundamental para diversas matérias ao longo de 2024 e, portanto, os deputados devem ser considerados para cargos na Esplanada dos Ministérios. As informações e a análise são do colunista da BandNews FM Rodrigo Orengo, de Brasília.  

"Nós já vimos esse jogo em outras oportunidades. Quem chora mais, leva. O governo espera a eleição na Câmara e no Senado para fazer um redesenho dos ministérios atendendo partidos da base aliada. Nessa discussão toda o que menos vale é o perfil técnico do ministro", disse Orengo.  

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia nomear Gleisi Hoffmann para a Secretaria-Geral da Presidência. Outro nome aventado é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deixa a presidência do Senado neste sábado (1º).  

Na avaliação dos deputados, no entanto, os senadores têm ganhado mais espaço na futura reforma. "No fundo, o que vemos é o velho presidencialismo de coalizão. O governo vai abrir espaço para partidos que o apoiam e dão voto no Congresso."

A possibilidade da reforma ministerial acontece enquanto o governo recebe críticas de partidos aliados. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmou nesta semana que Lula não venceria a eleição e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é "fraco".  

Atualmente, o PSD tem três ministérios no governo Lula. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também criticou o governo. Ele afirmou que é preciso contemplar mais a Câmara na reforma.  

"O governo precisa alinhar a base em meio a desafios como a alta da inflação e é por isso que a reforma ministerial vem neste momento", disse Orengo. 

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