Apesar do encontro harmonioso entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), as emendas parlamentares ainda mantêm a tensão entre os Poderes. As informações e análise são do colunista da BandNews FM Rodrigo Orengo, de Brasília.
Os novos presidentes do Congresso Nacional se encontraram com Lula no Palácio do Planalto. Eles posaram para fotos juntos e discursaram em prol do diálogo e da harmonia entre os Poderes. Em seu discurso, Lula afirmou que a Câmara e o Senado não terão problemas com o Executivo.
Para Orengo, no entanto, o assunto das emendas parlamentares deixa a "tensão no ar por trás da harmonia". "Ontem mesmo Dino suspendeu parte das emendas em função da falta de transparência de algumas organizações que receberam os recursos", disse.
Deputados e senadores avaliam que o tema das emendas é uma prioridade no Congresso Nacional. "É preciso definir o que pode e o que não pode, acabar com a novela e tocar o barco."
Há a expectativa de um encontro entre Hugo Motta, Alcolumbre e o ministro Flávio Dino, da Suprema Corte, "para discutir esse assunto e repactuar os próximos passos".
Orçamento e isenção do IR para R$ 5 mil
Outros temas que precisam de definição são o Orçamento deste ano e a isenção no Imposto de Renda para até R$ 5 mil. "Não faz muito sentido discutir sobre outras matérias sem ter o Orçamento definido, mas para definir o Orçamento tem que ter claro o que vai valer para as emendas parlamentares", disse Orengo.
A isenção do IR para R$ 5 mil ainda precisa ser apreciada e votada pelo Parlamento. A medida, se aprovada, passaria a valer a partir do último ano do governo Lula.