
O governo Lula recebeu aval da Câmara dos Deputados para pautar os temas da agenda econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas as aprovações, no entanto, dependerão da reforma ministerial. As informações e a análise são do colunista da BandNews FM Rodrigo Orengo, de Brasília.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e Haddad se reuniram nesta quarta-feira (5) para debater as prioridades para a área econômica em 2025. Haddad apresentou a ele uma agenda com 25 iniciativas – destas, 15 dependem do Legislativo.
Na avaliação de Orengo, há temas "espinhosos" na pauta, que necessitarão de "muito apoio do Congresso". "A proposta de isenção de R$ 5 mil no Imposto de Renda, por exemplo, o mercado vê com atenção e preocupação porque a proposta frustra receita então é necessária uma compensação", explicou.
Em entrevista nesta quarta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não tem pressa para realizar a reforma ministerial que vem sendo discutida em Brasília. Segundo Orengo, enquanto Lula diz não ter pressa, os partidos interessados, disputam um cargo no governo.
"Agora é aquela briga por poder e cargo no governo. A palavra final é do Lula. Enquanto não tiver reforma ministerial, com a distribuição desses espaços de poder para esses partidos, vai ser muito difícil de aprovar essa agenda importante", disse Orengo.
Com a mudança nas presidências da Câmara e do Senado, há sinalizações de que as pautas de costume, que costumam causar polêmica e fomentar debates nas redes, não terão espaço no Congresso. O foco será a agenda econômica.